quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

2012: Relatório sucinto de actividades


SPAE
Relatório sucinto de actividades 2012

Março
8 e 9 – Colóquio sobre Giorgio Agamben no Centro Unesco do Porto, organizado pela SPAE e pela ADECAP. Coordenação de Vítor Oliveira Jorge e de Luís Carneiro
Abril
14 – Conferência do Prof. Fernando Matos Rodrigues (ESAP, Porto) no Porto, Centro Unesco, promovida pela SPAE, sobre “Cartografias do Espaço Doméstico. As Ilhas do Porto – um estudo de caso”
21 – Assembleias Gerais da SPAE e da ADECAP no Porto, na sede desta última associação (R. Aníbal Cunha)
Junho
1 – Assembleias Gerais da SPAE e da ADECAP no Porto, na sede desta última associação (R. Aníbal Cunha)
2 – Conferência da Profa. Doutora Glória Teixeira e do Dr. Sérgio Silva, da Faculdade de Direito da UP, no Porto, Centro Unesco, promovida pela SPAE. Tema: “A Lei do Património Cultural e desenvolvimentos recentes no âmbito do Direito do Património Cultural”.
Setembro
8 – Começo da publicação on line das revistas TAE, da SPAE, e JIA, da ADECAP, volumes de 2012, associadas aos respectivos blogues: http://sociedadeportuguesaantropologia.blogspot.pt

Outubro
30 – Reunião de trabalho com a arqueóloga Filomena Barata, do IGESPAR.


Porto, Janeiro de 2013
Vítor Oliveira Jorge
Presidente da direcção

12ª CONFERENCIA CEAUP - Antropologia e ecossistemas no Níger. Humanos, leões e espíritos da floresta na cultura gourmantché - J. P. GALHANO - 30/01/2013 - 17H00


12ª CONFERENCIA CEAUP - Antropologia e ecossistemas no Níger. Humanos, leões e espíritos da floresta na cultura gourmantché - J. P. GALHANO - 30/01/2013 - 17H00



terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Seminário de estudos interdisciplinares da Associação dos Arqueólogos Portugueses

Seminário de estudos interdisciplinares da Associação dos Arqueólogos Portugueses




Três autores contemporâneos: interesse do seu “pensamento crítico” para nós, como arqueólogos e como cidadãos
Coordenação de Vítor Oliveira Jorge, arqueólogo, prof. aposentado da FLUP.

Motivação e objectivos:
Contribuir para articular o pensamento e a prática da arqueologia com alguns dos debates “filosóficos” contemporâneos, do ponto de vista de um arqueólogo convencido de que a filosofia, ou o pensamento crítico se quisermos (toda a filosofia sempre foi, mas, desde Kant pelo menos, é “pensamento crítico”) é indispensável à prática de qualquer cidadão, sobretudo nos tempos que correm, fora e dentro da sua prática profissional.
Após as várias “escolas” que, no mundo anglo-saxónico sobretudo, se foram sucedendo (e em parte mesclando) – a perspectiva histórico-cultural, o processualismo/nova arqueologia, o pós-processualismo nas suas diversas matizes, a arqueologia chegou a um certo impasse teórico que se nota sobretudo na arqueologia pré-histórica, já que a arqueologia das épocas posteriores se continua a amparar nas teorias da história. Mas as próprias concepções do tempo, da temporalidade, da história, merecem evidentemente ser discutidas.
Este seminário visa apenas modestamente transmitir uma primeira impressão sobre alguns autores e temas, por parte de quem ainda está, e estará, a acercar-se deles, visando não tanto comunicar um saber mas debater textos e questões numa abordagem aberta, não dogmática nem fechada.

Módulo das sessões e tipo de funcionamento
3 horas cada, das 17 às 20,  uma vez por semana (sexta-feira), em sistema de mesa-redonda, e de diálogo aberto para quem desejar, informal.
Cada autor será abordado em duas sessões (total de 6 sessões).

Giorgio Agamben 1 – dia 8 de Março de 2013
Giorgio Agamben 2 – dia 15 de Março de 2013
(este autor implica desde logo abordar também Michel Foucault, Heidegger, Walter Benjamin, etc.)
http://en.wikipedia.org/wiki/Giorgio_Agamben
http://www.egs.edu/faculty/giorgio-agamben/biography/
http://www.iep.utm.edu/agamben/

Slavoj Zizek 1 – dia 22 de Março de 2013
Slavoj Zizek 2 – dia 5 de Abril de 2013
(este autor implica desde logo abordar também Jacques Lacan, Hegel, enfim, o marxismo, a psicanálise...)
http://en.wikipedia.org/wiki/Slavoj_Žižek
http://www.egs.edu/faculty/slavoj-zizek/biography/
http://www.iep.utm.edu/zizek/

Bernard Stiegler 1 – dia 12 de Abril de 2013
Bernard Stiegler 2 – dia 19 de Abril de 2013
(Este autor implica abordar J. Derrida, Heidegger, mas não só... é um autor particularmente interessado em arqueologia...)
http://en.wikipedia.org/wiki/Bernard_Stiegler
http://www.arsindustrialis.org/les-pages-de-bernard-stiegler


Para mais informações:
http://www.arqueologos.pt/p_aap.html

sábado, 12 de janeiro de 2013

Conferência em Mação


Título: Arqueologia e Sociedade: tentativa de formulação de uma perspectiva crítica inspirada no pensamento de Slavoj Žižek

Resumo: A nossa época obriga-nos, diz-nos Zizek, talvez mais do que qualquer outra, a confrontar-nos todos os dias com problemas que são, em última análise, de natureza filosófica.
Trata-de de construir uma visão materialista radical da nossa praxis, e, no caso vertente, de inserir nela a arqueologia, quer como “campo discursivo”, como ciência, como conhecimento objectivante, quer como prática de intervenção no território e na textura do social em que nos inserimos. De onde vêm – ou deveriam vir – os “estímulos” de todo o tipo para a arqueologia, e que destino lhes podemos/devemos/ estamos a dar?
Em suma, qual o lugar/quais os lugares de onde a arqueologia pode reinvindicar um estatuto social na sociedade neoliberal contemporânea e na comunidade por-vir, ou seja, no futuro?
A reflexão do filósofo esloveno é extremamente enriquecedora neste tempo “apocalíptico” que nos foi dado viver. Conjugando uma leitura nova de Hegel (e mostrando como o idealismo alemão não está esgotado, mas, antes, se pode dele fazer uma leitura radicalmente anti-pós-hegeliana) com a psicanálise lacaniana (a visão que trouxe Freud definitivamente para a filosofia, tornando extremamente pertinente uma visão por muitos considerada ultrapassada), e articulando permanentemente um saber contra-intuitivo e difícil com “histórias” da vida corrente que, de repente, aparecem a uma nova luz, creio que o pensamento de Zizek é crucial também para se ser arqueólogo de uma forma mais interessante, mesmo (e talvez sobretudo) nestes tempos em que a arqueologia (pelo menos como eu a entendo) quase se encontra desmunida de meios de se produzir efectivamente.
A intervenção não procura aprovação nem consenso; não visa aplauso nem quer suscitar polémica fácil. Não resulta de uma opção recente, de carácter opinativo, tão em voga, mas também não é ainda produto de trabalho amadurecido, campo em que me falta fazer ainda muito caminho. Portanto, será imodesta nos seus propósitos e decerto modestíssima na sua efectivação. Valerá mais como um estímulo a pensar, talvez, de forma diferente da mais comum.
Ou seja, visa apenas dar conta da – partilhar a - minha particular maneira de reflectir, agora.
voj