domingo, 13 de julho de 2014
Índices dos TAE - vol. 45 (1-2) 2005
TAE - Vol. 45 (1-2), 2005
Retrospect (Tim Ingold)
Whatever happened to women and men? Gender and other crises in anthropology (Henrietta L. Moore)
Património? Que património? O património etnológico (Armindo dos Santos)
O perfil profissional do arquivista na sociedade da informação (Fernanda Ribeiro)
Trilhos Celtas no Noroeste. Crenças etnogenealógicas e novos consumos em Portugal e na Galiza (António Medeiros)
Grafitos literários e Estado Novo (Carlos Nogueira)
Museus e Consumos (Sérgio Lira)
Reflexões sobre o trabalho de um antropólogo numa instituição de engenharia civil (Marluci Menezes)
“Um povo, uma cultura, uma região”: a história exemplar da Casa do Alentejo (Daniel de Melo)
Identidade Cultural e Intervenção Social – Um Olhar sobre a Comunidade Cigana no Alentejo (Ana Paula Fitas)
Firaku e Kaladi: etnicidades prevalentes nas imaginações unitárias em Timor Leste (Paulo Castro Seixas)
Ciência e Comunicação (José d’Encarnação)
Cidade: qualidade de vida e cultura. Alguns tópicos (Vítor Oliveira Jorge)
III Congreso Internacional sobre Musealización de Yacimientos Arqueológicos (Andreia Machado)
Recensão de “Pensar en el outro entre los kuin de la amazonía peruana” por Patrick Deshayes y Barbara Keifenheim, IFEA-CAAAP, Lima, 2003, 262 págs. (Diego Villar)
Recensão de “Sobre Alguns Reflexos de Lágrimas Paradas a Meio Rosto” por Vítor Oliveira Jorge, com fotografias de Danilo Pavone, Porto, Edições Afrontamento, 2004 (Daniela Kato)
sábado, 12 de julho de 2014
O TEMPO E OS SEUS MODOS - CICLO DE DEBATES
Cartaz de José Paiva
O TEMPO E OS
SEUS MODOS
Ciclo de
debates interdisciplinares
Setembro a Dezembro 2014
Coordenação geral: Vítor Oliveira Jorge (Professor
da FLUP, aposentado) e Catarina Martins (Professora da FBAUP)
Organização da associação Sociedade Portuguesa de
Antropologia e Etnologia (SPAE) em colaboração com o i2ADS – Instituto de
Investigação em Arte, Design e Sociedade (FBAUP)
Colaboração da FPCEUP
Porto,
Auditório da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do
Porto
Rua Alfredo Allen
4200-135 Porto
(dispõe de parque de estacionamento; metro estação do Pólo Universitário)
Todas as sessões começam às 15 horas
Este primeiro ciclo de debates (cada um ocupará uma
tarde de sábado), incidirá sobre uma temática que tem a ver com as vivências do
tempo, com a aceleração contemporânea do modo de vida, profundamente impregnado
de tecnologia, e também com esta espécie de fuga em frente que leva – aqueles
que ainda o podem fazer - à mobilidade constante, à viagem. Enquanto, paralelamente,
os habita o sonho ou a fantasia do repouso, da retenção, da paragem, da
contemplação, da meditação, da fuga ao tempo, do descanso.
De forma que a ideia de história (e de causalidade,
com a qual obviamente se conecta), sempre controversa, tal como as suas
associadas, a memória, o arquivo, o museu, o património, a identidade, se
articulam com a ideia de viagem e de tudo o que ela também tem de paradoxal.
Temos cada vez mais consciência de que a tecnologia nos
controla totalmente, e não é uma coisa exterior, uma prótese, mas algo que já
está implantado em nós, na nossa intimidade e no nosso desejo. De modo que as
antigas formas de equilíbrio psíquico, de economia libidinal, de subjetividade,
se transformaram, e o sujeito atual é um indivíduo, no mínimo, inquieto, e
normalmente não pelas melhores razões. O
stress tomou conta de nós e desgasta-nos a vida e a saúde, com a intensificação
do medo da perda, definida ou indefinida. Cada um de nós é um pessoa muitas vezes
só, des-subjetivada, tendencialmente deprimida, desmotivada e desencantada.
Para além do ideal de vida de cada um(a), que uso ou
usos queremos propor para uma ocupação mais feliz, em comum e não solitária, mas
antes em equipa solidária, dos nossos tempos?
1 – HISTÓRIA - 27 de Setembro
2014
A história linear que nos ensinaram e ensinam não
corresponde aos nossos anseios. Há que revisitar, que repensar, outras maneiras
de pensar a história e a temporalidade, que divirjam do tempo homogéneo e
cronológico. Longe de escatologias e de vontades de “colonizar o futuro”, há
que inventar formas novas de pensar a temporalidade e a causalidade.
Moderadores: Armando Malheiro (FLUP), Gonçalo Velho
(IPT-Tomar), Orfeu Bertolami (FCUP).
2 – MEMÓRIA – 4 de Outubro de 2014
Memória individual, memória colectiva... formas de constituição da subjetividade individual e partilhada, matérias subtis e sensíveis...Memória, testemunho/a, verdade, mnemónica, técnica e memória, perda, luto, nostalgia, melancolia... e, de novo, formas de pensar o tempo.
Moderadores: Álvaro Campelo (Univ. F. Pessoa), Fernando José Pereira
(FBAUP), Gonçalo Velho (IPT-Tomar), Joaquim Luís Coimbra (FPCEUP), Maria José
Barbosa (doutoranda em Filosofia – U. S. C., Espanha), Stella Azevedo (doutoranda
em Filosofia -FLUP).
3 – ARQUIVO – 11 de Outubro de 2014
Obsessão contemporânea, a de guardar, conservar, a de indexar, febril atitude de se contrapor ao tempo, ou seja, à morte. Uma sociedade que convive mal com a obsolescência e com a contingência, ou seja, uma angústia e ao mesmo tempo uma atração mórbida, fetichista, pelo olhar vazio da múmia: a nossa morte vista. Fantasia de eternidade, da totalidade recuperada e afinal sempre incompleta.
Obsessão contemporânea, a de guardar, conservar, a de indexar, febril atitude de se contrapor ao tempo, ou seja, à morte. Uma sociedade que convive mal com a obsolescência e com a contingência, ou seja, uma angústia e ao mesmo tempo uma atração mórbida, fetichista, pelo olhar vazio da múmia: a nossa morte vista. Fantasia de eternidade, da totalidade recuperada e afinal sempre incompleta.
Moderadores: Catarina Alves Costa (FCSH-UNL), Fernanda
Ribeiro (FLUP), Jorge Ramos do Ó (Inst. Ed. U.L.), Stella Azevedo (doutoranda em
Filosofia - FLUP)
4 – MUSEU – 25 de Outubro de 2014
Mausoléu de tudo o que perdemos, como o arquivo, mas aqui se expõe numa montra, num caixão de vidro. O museu é o lugar da canonização do quotidiano, seja ele de ar livre ou fechado, seja ele dirigido a objetos ou a pessoas. Museu do gesto, museu da pessoa, museu do imaterial, depois de ser gabinete de antiguidades e coleção de raridades. Museu, sintoma da nossa incurável insatisfação de consumidores, de colecionistas e de turistas. Turistas de nós mesmos.
4 – MUSEU – 25 de Outubro de 2014
Mausoléu de tudo o que perdemos, como o arquivo, mas aqui se expõe numa montra, num caixão de vidro. O museu é o lugar da canonização do quotidiano, seja ele de ar livre ou fechado, seja ele dirigido a objetos ou a pessoas. Museu do gesto, museu da pessoa, museu do imaterial, depois de ser gabinete de antiguidades e coleção de raridades. Museu, sintoma da nossa incurável insatisfação de consumidores, de colecionistas e de turistas. Turistas de nós mesmos.
Moderadores: Alice Semedo (FLUP), Álvaro
Campelo (Univ. F. Pessoa), Florbela
Estêvão (C. M. Loures)
5 – PATRIMÓNIO – 15 de Novembro de 2014
Valor colectivo, em permanente estado de perda, porque vive da própria ferida que pretende cobrir, tapar, compensar. O património é também e sobretudo uma política, ligada ao Estado moderno e à vontade de lacar o tempo e de fixar uma imagem da história, quer dizer, de naturalizar uma série de narrativas, de mitos fundadores, de heróis, de lugares sagrados da laicidade.
5 – PATRIMÓNIO – 15 de Novembro de 2014
Valor colectivo, em permanente estado de perda, porque vive da própria ferida que pretende cobrir, tapar, compensar. O património é também e sobretudo uma política, ligada ao Estado moderno e à vontade de lacar o tempo e de fixar uma imagem da história, quer dizer, de naturalizar uma série de narrativas, de mitos fundadores, de heróis, de lugares sagrados da laicidade.
Moderadores: Álvaro Campelo (Univ. F. Pessoa), Armando Malheiro (FLUP), Augusto
Santos Silva (FEP), Cláudio Torres (CAM), João Pedro Cunha-Ribeiro (FLUL).
6 – IDENTIDADE – 22 de Novembro de 2014
De novo a vontade de identificação, que é sempre uma indexação, uma atitude de ligar a um código de referência, que me diga o que eu sou, o que nós somos, e aquilo que não sou ou que não somos: atitude de marcação de uma fronteira, de um limite, de uma adopção de uma tipologia. Medo do outro, da aproximação excessiva do outro e do que ela pode conter de contaminação. Não se pode abordar este problema sem passar por exemplo pela psicanálise, mas por muitas outras perspectivas também.
Moderadores: Álvaro Campelo (Univ. F. Pessoa), José Alberto Correia (FPCEUP), Maria José Barbosa (doutoranda em Filosofia – U. S. C. – Espanha), Paulo C. Seixas (ISCSP),
7 – VIAGEM – 13 de Dezembro de 2014
Interminável movimento, que começa bem antes do início, com o sonho e o planeamento do ato de mobilidade, de arrastar o corpo e o olhar para paisagens ainda não fruídas, e acaba bem depois do fim, na rememoração, na reconstrução do vivido, do visto, na imaginação que se narra. A viagem e a narrativa do tempo contínuo, da história como nos foi ensinada, e a necessidade, de novo, de repensar o sentido da viagem como algo que está sempre a acontecer e que, paradoxalmente, nunca se deu. O turismo e a compra de um bem imaterial: poder olhar durante um certo tempo para uma paisagem do despaisamento.
Moderadores: Arnaldo Saraiva (FLUP- jubilado), Mariana
Correia (Escola Sup. Gallaecia), Paulo C. Seixas (ISCSP), Vítor Martins
(FBAUP).
Modo de funcionamento: em cada sessão algumas pessoas (os/as moderadores/as) “darão o mote” da problemática em questão, cada um(a) do seu ponto de vista, seguindo-se um debate com todos os presentes que desejem intervir.
Modo de funcionamento: em cada sessão algumas pessoas (os/as moderadores/as) “darão o mote” da problemática em questão, cada um(a) do seu ponto de vista, seguindo-se um debate com todos os presentes que desejem intervir.
sexta-feira, 11 de julho de 2014
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