sábado, 23 de janeiro de 2010
Missão em Montpellier e Paris de Vítor e Susana Oliveira Jorge (programa Grices/Pessoa, através da FLUP)
A missão decorreu de 11 a 22 de Janeiro de 2010.
Por ordem cronológica:
11 - Porto - Montpellier, com escala em Paris. À chegada, a acolher-nos, o nosso colega do CNRS Laurent Carozza.
12 - Arredores de Montpellier. Visita de estudo, conduzida por Laurent Carozza, ao sítio calcolítico (= Neolítico final na terminologia que utilizam localmente) de Boussargues, uma colina monumentalizada muito útil como paralelo para sítios do tipo daqueles que estudamos em Portugal. Montpellier: aquisição de livros e documentos audio, e visita a museus, nomeadamente o Museu Fabre. Jantar em casa da amiga e colega Isabel Figueiral (Universidade de Montpellier), a amável convite desta.
13 - Montpellier: aquisição de livros e visita a museus, nomeadamente o Museu de Arqueologia. Jantar de trabalho com Jean Guilaine, prof. jubilado do Collège de France, a amável convite deste (o qual esteve presente no seminário do dia seguinte).
14 - Lattes, arredores de Montpellier. Participação com comunicação (uma de Vítor Oliveira Jorge, outra de Susana Oliveira Jorge) no seminário sobre arquitecturas pré-históricas da Europa ocidental organizado pelo colega Luc Jallot, da Universidade de Montpellier. Este seminário, participado por numerosos colegas (alguns dos quais se deslocaram de vários pontos da França) teve também a assistência de numerosos estudantes, incluindo estudantes de doutoramento. Durou todo o dia. No final, encontro informal e debate sobre vários temas abordados, em café próximo.
15 - Viagem Montpellier - Paris e instalação. Visita do Museu do Quai Branly e suas exposições temporárias (nomeadamente uma sobre Teotihuacán). Assistência, neste museu, à apresentação do último volume de uma importante revista de antropologia - "Cahiers d' Anthropologie Sociale", dirigida por Philippe Descola, do Collège de France - consagrado ao "ritual" e ao interessantíssimo debate que se lhe seguiu, com intervenções, entre outros, de Luc Boltanski. Aquisição de publicações na loja do museu. Este museu é sempre de visita obrigatória prioritária na área da antropologia. Está em preparação uma nova exposição temporária coordenada por Ph. Descola sobre a imagem, para ver a qual nos deslocaremos a Paris.
16 - Visita de vários museus e exposições em Paris, com destaque para a notável instalação de Christian Boltanski (irmão do sociólogo acima citado!... e um dos mais importantes artistas contemporâneos) no Grand Palais. Esta exposição é neste momento a mais destacada de Paris, sendo importantíssima para reflectir sobre a sociedade contemporânea, as pessoas, as coisas, o fenómeno do Holocausto, a morte, a arqueologia... enfim, a não perder! Também visita da exposição sobre Bizâncio/Constantinopla, no Grand Palais, e das colecções do Petit Palais, o museu das Belas-Artes de Paris. Aquisição de publicações.
17 - Visita da Maison Européenne de la Photographie e aquisição de publicações. Visita do Centro Georges Pompidou, tanto das colecções permanentes como (entre outras) da importante exposição da obra de Pierre Soulages (já com 90 anos e com um museu da sua obra em Rodez), imperdível. Aquisição de documentos video na loja do Centro, que, como é sabido, fervilha de gente e de sugestões culturais de todo o tipo, continuamente.
18 - Ida a Montparnasse para consulta sobre câmaras fotográficas e, depois, aquisição de obras na Librairie Compagnie (a cave desta livraria é ponto obrigatório para obras de ciências sociais) e na Gibert Joseph (como se sabe, só a parte principal de livros ocupa um prédio inteiro). Visita ao Louvre a às suas exposições temporárias, nomeadamente uma sobre a antiga cidade de Ermirna, na costa asiática.
19 - Visita do Palais de la Découverte (o museu da Ciência de Paris) e suas exposições temporárias, sempre importantes. Trata-se de um museu didáctico, sempre cheio de crianças das escolas, adquirindo uma cultura científica básica (é uma tragédia, a divisão persistente e perpectuada pelo ensino/investigação, entre as "duas culturas", letras e ciências) que tanta falta faz em Portugal, apesar dos museus de Lisboa, Coimbra, etc. Visita à Opéra e a La Madeleine. Aquisição de CD's e DVDs.
20 - Visita a vários museus, nomeadamente o da Cité de l' Architecture et du Patrimoine, absolutamente imprescindível para a arquitectura e arte medievais (notável a maneira como estão feitas e expostas reproduções fiéis da pintura mural da Idade Média), mas também moderna (Palais de Chaillot, na velha Praça de Trocadéro - enquanto se aguarda a reabertura do Museu do Homem, em espaço contíguo da mesma praça, remodelado), e suas exposições temporárias. A que mais nos interessou foi a do grande arquitecto Claude Parent, provida de uma notável entrevista, em video, em que este grande criador faz considerações interessantíssimas sobre a arquitectura, a arte, etc. Os seus livros estão todos à venda na loja do museu, nomeadamente um DVD com ele e Paul Virilio, em diálogo.
21 - Assistência, no Collège de France, a uma aula sobre arte dos povos do Noroeste da América do Norte, pela antropóloga M. Mauzé, colega do CNRS, integrada no curso sobre "o belo" ("Les Critères du Beau - Études de Cas"), de Philippe Descola, detentor da cátedra de Antropologia da Natureza daquele Collège. Almoço de convívio e de troca de informações utilíssimas com estes dois colegas, a convite do meu amigo Ph. Descola. Aquisição de livros e preparação da partida.
22 - Viagem Paris-Porto.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Para memória: Conferência da Doutora Luísa Pereira
Nas instalações do Centro Unesco do Porto (R. José Falcão, nº 100)
no dia 24 de Novembro de 2008, sábado, às 15h00
a SPAE promoveu uma conferência da
Doutora Luísa Pereira
(IPATIMUP - Porto)
intitulada
"Genes e Artefactos na Evolução Humana"
A entrada foi como sempre gratuita e aberta também a não sócios.
Agradecemos a gentil colaboração da FUNDAÇÃO ENG.º ANTÓNIO DE ALMEIDA.
Para memória: Mesas-redondas de Primavera do Porto - 12 que marcaram história!
(datas de realização e de publicação dos livros resultantes)
1ª fase – organização da SPAE ou ADECAP
1 – Pensar a Arqueologia, Hoje (1997), 1997
Penser l’ Archéologie Aujourd’ hui
To Think Archaeology Today
2 - A Arqueologia e os Outros Patrimónios (1998), 1999
L’ Archéologie et les Autres Patrimoines
Archaeology and Other Heritages
3 – O Património e os Media (1999), 2000
Le Patrimoine et les Média
Heritage and Media
4 – Ambiente, Cultura e Desenvolvimento (2000), 2001
Environnement, Culture et Développement
Environment, Culture, Development
5 – Identidade, Identidades (2001), 2002
Identité, Identitées
Identity, Identities
6 – As Imagens que nos Vêem (2002), 2003
Les Images qui nous Regardent
Images that Look at Us
2ª fase – organização da FLUP/DCTP em colaboração com o CEAUCP/FCT
7 – Arquitectando Espaços: da Natureza à Metapolis (2003), 2003
Aménager des Espaces: de la Nature à la Metapolis
Designing Spaces: from Nature to Metapolis
8 – Conservar para Quê? (2004), 2005
Conserver Pour Quoi?
To Conserve: For What Reason?
3ª fase – organização da FLUP/DCTP sozinha ou em colaboração com outras entidades
9 – Cultura Light (2005), 2006 (FLUP/DCTP)
Culture Light
Light Culture
10 – Terra: Forma de Construir (2006), 2006 (FLUP/DCTP e ESCOLA SUPERIOR GALLAECIA, V. N. CERVEIRA; COLABORAÇÃO DE ED. ARGUMENTUM)
Terre: Façon de Bâtir
Earth: a Way of Building
11 – Crenças, Religiões, e Poderes (2007), 2008 (FLUP/DCTP EM COLABORAÇÃO COM a Associação SEFARAD e ED. AFRONTAMENTO)
Croyances, Religions, Pouvoirs (2008)
Beliefs, Religions, Powers (2008)
12 – Conhecimento e Prazer – Prazer do Conhecimento (2008) (FLUP/DCTP)
Connaissance et Plaisir – Plaisir de la Connaissance
Knowledge and pleasure – The Pleasure of Knowledge
10 e 11 de Abril de 2008
Também esta série "parou" por falta de meios... é pena!
Mas pode sempre recomeçar...
Paper from the journal "Trabalhos de Antropologia e Etnologia", SPAE, Porto, vol. 45, 1/2, 2005, pp. 9-16
by
Tim Ingold**
Abstract: In this paper, the author reviews his intellectual and professional career, tracing the principal influences on his academic and intellectual development. He also outlines the main themes of his research: on human-animal relations, the comparative anthropology of hunter-gatherer and pastoral societies, and relations between biological evolution and human history. In his most recent work he has attempted to build a synthesis between phenomenological, ecological and developmental approaches, in philosophy, psychology and biology respectively, linking them to an anthropological theory of skilled practice.
Key-words: Intellectual autobiography; anthropology in the UK; biology and culture.
I was born in 1948, the youngest of four children. I enjoyed an overwhelmingly happy childhood which imbued me with a love of the Kent countryside where I grew up, and a passion for steam trains. With the constant assistance of my mother, who dealt with routine derailments, I became a keen railway modeller. However I saw rather little of my father. As professor of botany at Birkbeck College, London, he often had to stay late to teach his classes, and was rarely home before my bed-time. Nevertheless, I doubt whether any other single person has exercised so great an influence on my life and character.
My father was enthralled by the beauty of nature. But his way of celebrating that beauty was to study it. His was a homely science: the sort you could do by going for walks in the countryside armed with a collecting tin, by peering down a microscope at what you had found, and by tracing out what you saw with pen and ink, using a contraption made out of an old lamp and a sheet of glass mounted on copies of the Encyclopaedia Britannica. As a child, I spent hours with the Encyclopaedia. I also loved to thumb through the pages of my father’s copy of D’Arcy Wentworth Thompson’s monumental book, On Growth and Form. Added to that was my growing collection of mathematical and scientific books. By the age of eleven I was experimenting with the mathematics of soap bubbles and writing a paper on the cycloidal patterns traced on a surface by the point of a spinning top. But then I was sent off to boarding school.
For the first three years of boarding school life I was homesick and miserable. My consolation lay in music: I had an inspiring piano teacher and began learning the cello. By the age of fourteen I was taking my ‘ordinary level’ exams. I did well in maths and science subjects – except biology, which I loathed. The two sixth-form years were much happier. I had wonderful teachers in all of my school subjects, particularly in physics. We were made to feel directly involved, on the cutting edge of the search to understand the mysteries of matter, energy and the universe. I became interested in geology – especially volcanoes, and after taking my advanced-level exams went camping to Iceland with a couple of school- friends. I left school only a month after celebrating my seventeenth birthday.
At a loose end as to what to do, I worked as a warehouseman in a local supermarket and saved up to travel abroad. My dream was to go north, to Finland and Norway. In May 1966 I sailed to Helsinki, whence I travelled to Lapland. The ice was breaking up after a winter of exceptional severity, and many roads were impassable. I was determined, however, to reach the settlement of Sevettijärvi, 100 kilometres off the main road, where – according to my guide-book – there lived a still primitive tribe of Lapps, known as Skolts. When I got there I had no idea what to say or do: acutely embarrassed, I ran for it, spent the night in a derelict cabin, and returned the next morning whence I had come. This ill-fated trip had, however, ignited my curiosity, with far-reaching consequences. After that, I travelled widely in Lapland, fetching up at a farm on the north Norwegian coast where I worked for a couple of months before returning home in time to start my first term at Cambridge.
I had never given a second thought to what subjects I would study at Cambridge. It was assumed that I would take the Tripos in Natural Science. After the excitement of school science, however, lectures at Cambridge were an intense disappointment. For the first time I began to wonder why I was studying science, and what I would do with it. I found much of what I was expected to do intellectually claustrophobic, dedicated to the regimented and narrow-minded pursuit of lines of inquiry that seemed remote from experience. I don’t think I ever became radically hostile to science, as did many of my contemporaries, but I could see no future in it for myself. I wanted to study something in which there was more room to grow, where I could discover the world and myself at the same time.
Looking through the list of subjects then on offer at Cambridge, one possibility leapt to my attention. It was social anthropology. My tutor thought it just the subject for misfits like me. It appealed to me (rather as D’Arcy Thompson’s biology had done before) as a kind of pure mathematics of real life. My father arranged a meeting with the anthropologist Jean LaFontaine, then a lecturer at Birkbeck College, and she recommended that I read Fredrik Barth’s classic, Political Leadership among Swat Pathans. I was entranced by the book, and was hooked. Having completed my first year of natural science in autumn 1967, I commenced all over again as a first-year student in the Faculty of Archaeology and Anthropology. This entailed taking courses in physical anthropology and archaeology as well as social anthropology, so that I had my share of measuring fossil skulls and sorting stone tools.
I remain a believer in the integration of the three fields of anthropology – social, physical (or biological) and archaeological – and this initial training at Cambridge may have had something to do with it. Yet my teachers in these three fields had virtually nothing to do with one another. So far as the social anthropologists were concerned, the only thing that held the three fields together was an obsolete theory of progressive evolution. Unbeknown to me, I had stumbled into anthropology at the time when structural-functionalism – the ruling paradigm for the previous two decades – was about to collapse. But it had not collapsed yet. Every good anthropologist, we were told, should carry a copy of A. R. Radcliffe-Brown’s Structure and Function in Primitive Society in their breast pocket (my own copy of the book came from my sister, who had been presented with it as a school prize). American cultural anthropology was virtually taboo, and anything with a whiff of evolutionism was banished from the curriculum. Once, out of sheer curiosity, I picked up a copy of that strange little book by Marshall Sahlins and Elman Service, Evolution and Culture. I was quite excited by it. But on mentioning it to my tutor, I received a firm rebuke and was instructed never to touch such stuff again! This experience only strengthened my resolve to prove my teachers wrong, and to find a way of thinking about evolution that would enable us to reintegrate the biophysical and sociocultural dimensions of human existence through an emphasis on processes in the very long term. Though I cannot claim to have an entirely satisfactory answer yet, I have been working at it ever since.
The intellectual landscape of Cambridge anthropology in the late sixties was notably fractured. On the one side was the towering figure of Edmund Leach who at that time was aggressively championing his own idiosyncratic version of Lévi-Straussian structuralism. On the other side, Meyer Fortes was struggling to understand why people love one another even when they say they don’t, and why they hate one another despite their public displays of amity. In between them stepped the figure of Jack Goody, beard, tie and gown aligned at every possible angle to the vertical, largely incoherent in lectures, but unleashing such a torrent of ideas as to leave one breathless. By 1970, the year in which I graduated, structural-functionalism was cracking up, but no-one knew what the alternative might be. For a very brief period, it seemed that the answer might lie in what was known as social network theory. There were two varieties of this. The first emanated from the ‘Manchester School’ of Max Gluckman, the second from the ‘transactionalism’ that Fredrik Barth and his followers were propagating from their base at the University of Bergen, in Norway. I became an enthusiast for the Barthian approach: it had, after all, been Barth’s work that brought me into anthropology in the first place. I was impressed by its crystalline lucidity, and its economy of expression.
I never doubted that I would proceed to postgraduate research, and the time came when I had to decide where I would be based, and where my fieldwork would be. Usually, Cambridge-trained fieldworkers were expected to go south, to tropical Africa or Asia. To the astonishment of my mentors, I wanted to go north. Fortunately, a suitable supervisor had appeared at Cambridge in the form of John Barnes, recently appointed to the University’s first ever Chair of Sociology. Barnes was riding the crest of a wave of interest in network theory, as one of its leading proponents. With a background in the Manchester School, he had developed his ideas about networks through the analysis of material from subsequent fieldwork in rural Norway and was well known in the Barthian camp. It was arranged that I should spend some time in Barth’s department in Bergen, both prior to my departure to the field and immediately following my return.
For my fieldwork I returned to Sevettijärvi and to the Skolt Saami community that I had first visited five years previously. I had been there once again, in summer 1969, with an international voluntary work-camp, where our task had been to build concrete potato cellars. Drawing on connections from that time, and equipped with a bicycle, notebook and camera, I was soon deeply absorbed in the intricacies of reindeer herding. Indeed the sixteen months I spent with the Skolt Saami probably shaped my outlook far more than I ever realised. Though it is hard to trace the links directly, I doubt whether I would be so interested in issues of skill, environmental perception and human-animal relations, or whether I would be addressing these issues in the ways I have done, had it not been for this formative field experience. But of course I did not know this at the time.
Returning from the field in 1972, it took some time to catch up with what had been going on. Anthropology had gone through tumultuous times. Barth had abandoned Bergen for the United States, transactionalism looked like a doomed cult confined to the followers he had left behind, network theory had crashed – taking the remnants of structural-functionalism with it, people were feeling disoriented. So what had happened? Among other things, inspired by political developments in Europe, social anthropologists had rediscovered Karl Marx.
At first this made no impression on me. I was deep into explaining fluctuations in reindeer numbers, unraveling patterns of kinship, and understanding the machinations of what was then the new politics of the ‘Fourth World’. I completed my doctoral dissertation in 1975, and a monograph based on it was published the next year. Beyond a critique of the notion of ‘minority culture’, which got me into a certain amount of trouble with Saami politicians who were trading in this notion at the expense – I thought – of the local communities they claimed to represent, neither the thesis nor the book had any grand theoretical ambitions. But in the meantime my life had moved on. After a brief spell in Cambridge, followed by a year at the University of Helsinki in 1973-4, I had been offered my first proper job as Lecturer in Social Anthropology at the University of Manchester. Arriving in September 1974, I was to remain there for the next 25 years.
At Manchester, I was required to teach a course called ‘Environment and Technology’. The idea had got around that I was strong on ecological anthropology. In reality I knew virtually nothing about it, and had to learn it from scratch. It was a question of saving face by keeping one step ahead of the students. The evolution of this course, which I taught more or less continuously until 1991, is almost indistinguishable from the evolution of my own thinking over this period. From the start, we were reading the work of scholars once thought unmentionable in British social anthropological circles: Julian Steward, Leslie White, Marvin Harris. I was even able to get my own back on my undergraduate teachers by including the book they had once banned – Sahlins and Service’s Evolution and Culture – on the reading list! But we were also reading the new wave of studies coming out of, or inspired by, the neo-Marxist movement: work by Maurice Godelier, Claude Meillassoux, Emmanuel Terray, and of course Marshall Sahlins. And we were investigating the parallels and contrasts between ideas of evolution and transformation to be found in Marxism, Darwinism and classical cultural ecology. It was all very exciting. But to my departmental colleagues ‘Environment and Technology’ was always considered way out, on the edge of the known continent of anthropology. Any invocation of concepts from biology or evolutionary theory was treated with deep suspicion.
Aside from all the theory, during the early years students sat through a lot of lectures about reindeer. I had found in Lapland that while living animals belonged to people, as expected in a pastoral society, the animals themselves were virtually wild, and were mustered by means of techniques resembling those of pre-pastoral reindeer hunting. This forced me to recognise that neither hunting nor pastoralism could be understood in purely technical or ecological terms, but only as historically specific conjunctions of technoecological and social relations of production. Putting this in a Marxian framework, I developed a model to account for the transitions from hunting to pastoralism, and from pastoralism to the ranch-like system of herd management that I had observed in Lapland. In 1979-80 I carried out more fieldwork in Lapland, this time among Finnish people with a background in farming and forestry. Like the Skolt Saami, many of these people had been resettled as a result of the redrawing of the Russo-Finnish frontier in the aftermath of the Second World War, and I wanted to look comparatively at the long-term consequences of this post-war resettlement. My field material, however, has still to be properly written up, for as soon as I returned to Manchester my thoughts turned back to theory.
My book on reindeer economies and their transformations had appeared in 1980. Reactions among social anthropological colleagues were indifferent; curiously, it was among prehistoric archaeologists that the book had its greatest impact. It spoke to their concerns with long-term socioeconomic change, especially in Palaeolithic and Mesolithic Europe. This marked the beginnings of a dialogue with prehistorians that has continued to this day, and that has profoundly shaped my conception of the affinity between archaeology and anthropology. Our methods may differ, but in our concerns with time, landscape and the persistence and transformations of human ways of life in the long term, we are at one. But the reindeer book also set me off in three other directions.
The first was in the study of human-animal relations. I had been dissatisfied with the anthropological tendency to treat animals merely as the symbolic objects of an exclusively human discourse. It was clear to me that animals were sentient beings with whom we humans relate socially, just as we do with one another. We needed an anthropology that did not confine social relations to human relations. At the same time we needed to re-examine the grounds on which human beings have been conventionally distinguished from other animals. This led me to revisit the literatures on non-human primates and human evolution. I had to engage with the writings not just of prehistoric archaeologists but of biological anthropologists as well. But I also had to read literature in psychology, specifically in what was then the emergent field of animal psychology. The idea that non-human animals might have minds of their own, once anathema in psychology, had suddenly become fashionable, with the result that old questions concerning what was truly distinctive about human cognition had resurfaced in a new guise. One of the classic criteria of human distinctiveness was toolmaking, another was language. I wanted to know more about the connections, in human evolution, between language, toolmaking and cognition.
The second direction was towards a comparative anthropology of hunter-gatherer and pastoral societies. For some time I visited the anthropological ‘camps’ of both hunter-gatherer and pastoral studies, but progressively veered to the former. Students of hunting and gathering, it seemed, were still asking the fundamental questions about qualities of sociality, relations with animals and the land, the significance of place and movement, the origins of property and inequality, and so on, to which I wanted answers. In 1986 I brought out a book of essays dealing with these questions, among others, entitled The Appropriation of Nature. All of them set out from the premise that every human being is simultaneously a biological organism, caught in a web of ecological relations, and a social person, constituted within a nexus of social relations. The challenge, I thought, was to understand the dialectical interplay, over time, between these two kinds of systems, social and ecological.
Finally, I felt that there were issues about the meaning of evolution that needed to be resolved. In particular, I wanted to clarify the relation between biological evolution and human history. Is history a process that is ‘added on’ to an evolved biological baseline? Or is it simply a continuation of the evolutionary process into the domain of human affairs? To tackle these questions meant looking at the way the idea of evolution had been handled in the disciplines of biology, anthropology and history from the late nineteenth century to the present. This turned out to be a major project. The book I published in 1986, Evolution and Social Life, representing the fruits of my work to that point, was already twice as long as it should have been. And far from wrapping things up, it had only opened up greater uncertainties about how social and biological understandings could be brought together. Something, I felt, was wrong about the dualism between person and organism, and correlatively between social and ecological relations, around which my previous thinking had been organised. What was needed, I realised, was a different biology.
In 1991-92, I enjoyed a couple of years of leave. Much of this time was taken up with editorial tasks: I was editing the journal Man as well as a massive Companion Encyclopedia of Anthropology (published by Routledge in 1994). But this period of leave also gave me a moment to take stock. The ship of anthropology appeared to have capsized. Exponents of the ‘literary turn’ were drowning in their own, increasingly incomprehensible texts, while a few dogged survivors still hung to overturned lifeboats of scientific objectivity. Their protestations, however, left me cold. I felt that I was embarked on another voyage altogether. For the influences that had reshaped my thinking did not come from within anthropology. They came from biology, psychology and philosophy. In biology, I had been impressed by the work of the few scholars – mostly developmental biologists – who were seeking to go beyond the straitjacket of neo-Darwinian thinking. In psychology, nothing has influenced me more than my encounter with the ‘ecological psychology’ of James Gibson and his followers. In philosophy, I have drawn endless inspiration from dipping into the phenomenological work of Maurice Merleau-Ponty. I was struck by the parallels between Merleau-Ponty’s critique of Cartesian science, Gibson’s critique of cognitivism and the critique from developmental biology of neo-Darwinism. Putting these critiques together, I thought, offered the prospect of a powerful synthesis. Establishing this synthesis became my agenda for the 1990s.
I emerged from my cocoon of leave in 1993 to head the Manchester department, replacing Marilyn Strathern – who left for Cambridge in the same year. Balancing the administrative burdens this entailed, I had the satisfaction of developing two new advanced courses – ‘Culture, Perception and Cognition’ and ‘Anthropology of Art and Technology’ – that gave me the space to develop and try out my new ideas. These were exciting times, but opportunities to write were very limited. Relief came through a two-year award from the British Academy (1997-99), enabling me at last to assemble the fragments of my thinking into one large volume. Entitled The Perception of the Environment, it was published in 2000.
In 1999 I left Manchester to take up a newly created chair of anthropology at the University of Aberdeen. My task, here in Aberdeen, is to establish – more or less from scratch – a programme of teaching and research in the anthropology of the North. I feel I have come full circle, not just to my roots in northern circumpolar ethnography, but also to the kind of homely, experience-near science that I absorbed through my childhood. Here I am, back to a biology that owes as much to D’Arcy Thompson as to Darwin, a psychology that is as much ‘on the ground’ as ‘in the head’, and an anthropology that knows no absolute division between the person and the organism, or between social and ecological relations. And my ambitions remain as they always were: to establish a broad view of anthropology that overcomes the narrow specialism into subfields; to campaign against reductionist and intolerant approaches to culture and society, and to find a way to re-embed our experience as whole human beings within the continuum of organic life.
__________________________
** Department of Anthropology. University of Aberdeen (UK).
Para memória: conferência sobre arquitecturas de terra promovida pela SPAE
Para memória: livro de Marina Lencastre
A obra foi apresentada pelo Prof. Rui Mota Cardoso (IPATIMUP), e insere-se na colecção "Antropologia(a)" (de que é o nº 2) da SPAE, dirigida pelo Prof. Henrique Gomes de Araújo, e baseada na seguinte "filosofia": são livros de curta tiragem, apenas destinados a ofertas feitas pelos autores, e sem encargos para a associação.
Agradecemos à Fundação Eng.º António de Almeida a amável cedência, uma vez mais, das agradáveis instalações do Centro Unesco.
TAE - Índices dos volumes 37 (1-2) a 43 (1-2)
TRABALHOS DE ANTROPOLOGIA E ETNOLOGIA
Revista inter e transdisciplinar de ciências sociais e humanas
___________________
Índices dos volumes 37 (1-2) a 43 (1-2)
TRABALHOS DE ANTROPOLOGIA E ETNOLOGIA
Nº 37 (1-2) - 1997
SUMÁRIO
Preâmbulo 7
Ciência e Democracia, por Helena Vaz da Silva 9
Descartes e a Modernidade - Razão, emoção e afecto,
por Henrique Gomes de Araújo 15
Património, Museu e Dialogia, por Paulo Castro Seixas 21
Marialvismo. Fado, touros e saudade como discursos da masculinidade,
da hierarquia social e da identidade nacional,
por Miguel Vale de Almeida 41
A dádiva alimentar. A festa e as relações sociais – a Festa de S. Sebastião
numa aldeia de Barroso, por Alberto Lameiras 67
Elementos para a história recente da Arqueologia portuguesa:
a actividade da Comissão Instaladora do Instituto Português de
Arqueologia (Dez. de 1995 - Set. de 1996),
por Vítor Oliveira Jorge & Luiz Oosterbeek 85
DOSSIER – FAMÍLIA E HERANÇA EM PORTUGAL
I - SUCESSÃO, HERANÇA E FRAGMENTAÇÃO
Nota de apresentação 107
Práticas de sucessão em Portugal: panorama preliminar,
por Brian Juan O'Neill 121
Semeando entre as pedras: história e ecologia do minifúndio no
Nordeste Algarvio, por Cristiana Bastos 149
Não gostaria de ter todas as suas parcelas num só lugar?
Estudo quantitativo da fragmentação da terra no Noroeste,
por Jeffery W. Bentley 165
Sucessão, herança e propriedade rural minhota: algumas questões e um
caso sobre o impacto do Código Civil de 1867,
por Maria de Fátima da Silva Brandão 197
VÁRIA
Tribo - Centro Português dos saberes tradicionais para o
desenvolvimento sustentável 249
II Muestra Internacional de Cine, Video y Fotografía Etnológicos 249
II Xornadas de Arquivos, Bibliotecas e Museos de Galicia 250
O Voo do Arado. Exposição sobre a agricultura e o espaço rural no
Museu Nacional de Etnologia 251
Arqueologia portuguesa: algumas reflexões para um diagnóstico e uma
estratégia, por Vítor Oliveira Jorge 255
1ª Reunião do Comité Organizador da XXV Exposição do Conselho da
Europa (Nov. de 1996), por Susana Oliveira Jorge 258
Conceptualização e Interpretação em Arqueologia: perspectivas actuais
(mesa-redonda) 260
Vinte e Cinco Anos de Arqueologia em Almada,
por Jorge Manuel C. Raposo 262
3º Congresso de Arqueologia Peninsular (UTAD,1999) 267
Arqueologia e Poesia: dois depoimentos sobre a obra poética de
Vítor Oliveira Jorge:
I - O Litograma poético, por Luís Adriano Carlos 271
II - Um tempo original, um espaço regular, por Alexandra Abranches 275
Nº 37 (3-4) - 1997
SUMÁRIO
Preâmbulo 7
Novas perspectivas sobre sociedades de caçadores-recolectores. Revisão
crítica de “Man the Hunter”, por Sérgio E. Monteiro-Rodrigues 9
O que podem as emoções? – Antropologia histórica do Vinho do Porto,
por Henrique Costa Gomes de Araújo 29
Um modelo historiográfico para a Idade do Ferro do Sul de Portugal
e a sua arqueologia, por Virgílio Hipólito Correia 41
Réplica a Virgílio H. Correia, por Jorge de Alarcão 87
Teologia moral e relações de parentesco. Leitura antropológica do livro
“Practica do Confessionário” de 1737, por Fernando Matos Rodrigues
& José Augusto Maia Marques 91
Managing a new rock art site, por Jane Kolber 119
DOSSIER – FAMÍLIA E HERANÇA EM PORTUGAL
II - Famílias, casas e localidades - perspectivas diacrónicas
Nota de apresentação 126
A posição familiar dos jovens no século XVIII, por Álvaro Ferreira da Silva 127
A família como ideologia e prática na indústria têxtil do Noroeste de
Portugal na época de Salazar, 1930-70, por Alice Ingerson 159
Casas suburbanas e estilos de vida rurais no Sul de Portugal,
por Denise Lawrence-Zúñiga 197
Vila Velha revisitada: anti-anti Cutileiro?, por Francisco Martins Ramos 219
Comunidade, espaço, localidade - algumas reflexões suscitadas por um
estudo de caso, por José Manuel Sobral 235
Posfácio – O encontro da história e da antropologia em Portugal,
por Georges Augustins 265
VÁRIA
Protocolo entre a Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia (SPAE)
e a Associação Portuguesa de Antropologia (APA) 277
Filmes etnográficos apresentados pela SPAE 278
Conferências de Michel Lorblanchet na Faculdade de Letras do Porto 278
Mestrado de arqueologia pré-histórica 1996/97 279
1º Colóquio de Gestão do Património Arqueológico – Instituto Politécnico
de Tomar, 29-30 Abril 97 281
Associação para o Desenvolvimento da Cooperação em Arqueologia
Peninsular-ADECAP 282
3º Congresso de Arqueologia Peninsular – Vila Real, UTAD,
23-27 Setembro de 1999 291
Nº 38 (1-2) - 1998
SUMÁRIO
Preâmbulo 7
A alguns dos meus mortos, por Vítor Oliveira Jorge 11
O eclipse de Deus: sobre ritual e hegemonia política na rda, por Jorge Freitas Branco 19
Artistas, primitivos e antropólogos: à descoberta da universalidade das performances artísticas ou a modernidade do primitivismo, por Paulo Raposo 43
A dança no seio da reflexão antropológica. Contributos e limitações herdados do passado com ecos no presente, por Maria José Fazenda 61
Histórias de vida e etnografia na análise das representações e práticas dos professores, por Ricardo Vieira 81
O Minho camiliano no romance «A Brasileira de Prazins», por José Luís Lima Garcia 95
Aspectos de morfologia social na estrutura agrária da Atadoa – Condeixa (Portugal): o regadio tradicional, por Rogério Carvalho 107
Pintura dos costumes da Nação: alguns argumentos, por António Medeiros 131
O filósofo e o arqueólogo, por Richard Bradley 171
VÁRIA
Breve evocação de Carlos Ervedosa 187
Notícias da ADECAP 189
O Outro em debate: Jornada sobre Racismo, Xenofobia e Outras Formas de Exclusão 193
V Congresso Internacional de Estudiantes de Antropoloxía 194
Nº 38 (3-4) - 1998
SUMÁRIO
Preâmbulo 7
Homenagem a Marie-Louise Bastin, por Vítor Oliveira Jorge 13
As Origens do Silêncio. Sobre o que não sabemos, por Levi António Malho 21
A Vida, o Homem e a Máquina, por Maria Manuel Araújo Jorge 37
Darwinismo, consciência e cultura. Considerações teóricas e epistemológicas
sobre a Bioantropologia, por Marina Prieto Afonso Lencastre 59
O real como ficção, por Álvaro Campelo 81
A cidade, o subúrbio e o resto. A terra, por Alexandre Alves Costa 91
A história da arte portuguesa no âmbito da história-ciência: metodologia,
prática e destino, por Vítor Serrão 99
O património e o futuro, por Alexandre Alves Costa 111
A Antropologia que a democracia produziu, por João de Pina Cabral 117
Surrealismo e etnografia. Relações antigas, debates actuais, por Tiago Neves 131
Das fronteiras medievais às fronteiras historiográficas: liminaridade;
transgressão; obesidade, por Rui Cunha Martins 145
O lugar da ética em Peirce, por Alexandra Abranches 161
O “espanholismo” de Manet, por Bernardo Pinto de Almeida 177
VÁRIA
Recensão, por H. G. de Araújo 185
Mesa-redonda sobre “A Arqueologia portuguesa na intersecção dos outros
“patrimónios”: balanço dos anos 90 e perspectivas para o séc. XXI”,
por V. O. Jorge e C. Torres 186
Prof. Jean Guilaine, do Collège de France, no Porto, por V. O. Jorge 188
Missão da Prof.ª Angelina Peralva, por V. O. Jorge 189
ADECAP organiza 3º Congresso de Arqueologia Peninsular (1999),
por V. O. Jorge e A. Moure Romanillo 191
Call for papers - “Journal of Iberian Archaeology” 195
International Rock-Art Congress/Congresso Internacional de Arte Rupestre
(UTAD, Set. 1998) 196
TAE - Sumários dos vols. 36 a 38 (1996-1998) 197
Nº 39 (1-2) - 1999
SUMÁRIO
Preâmbulo 7
Um certo desdém de Habermas face a Derrida, por Sofia Miguens 11
La importancia del espacio en relación a la identidad individual y grupal:
limites, contenidos y significados desde el enfoque antropológico,
por Teresa del Valle 33
O meio rural em Portugal: entre o ontem e o amanhã, por José Portela 45
Património ambiental em perigo. Uma perspectiva crítica sobre a política
de ambiente em Portugal, por Viriato Soromenho-Marques 67
A museologia antropológica no século XIX em Portugal, por Alice Duarte 71
Formas políticas igualitárias: a composição cultural do nascimento, os rituais
da morte e a revitalização entre os Atta do Norte de Luzon, Filipinas,
por Armando Marques Guedes 83
Memória industrial em Águeda: saberes, práticas quotidianas e trabalho
na indústria das “duas rodas”, por Fernando Bessa Ribeiro 117
Arqueologia pré-histórica em Portugal, 1969-1989: uma crítica cartográfica,
por Pedro Manuel Freitas 141
FOZ CÔA: Alguns Contributos Sociológicos
Media on the rocks. Fábula, metamorfose e performance no “Caso Foz Côa”,
por José Luís Garcia & Patrícia Araújo Santos 169
Os públicos de Foz Côa, por Aida Valadas de Lima & Manuela Reis 187
Opções, estratégias e actores de desenvolvimento em confronto no caso
de Foz Côa, por Rogério Roque Amaro 211
VÁRIA
Exposição sobre a loiça preta em Portugal,
por Maria Elvira Costa, Eduardo Leite, Catarina Silva Nunes
& Patrícia Vidigal 227
Datação das mamoas do Alto da Portela do Pau (Planalto de Castro
Laboreiro, Concelho de Melgaço), por Vítor Oliveira Jorge
& Fernán Alonso Mathias 244
Nº 39 (3-4) - 1999
SUMÁRIO
Preâmbulo 7
Lembrança do Zby, por Vítor Oliveira Jorge 11
A violência “hard” e a violência “soft”. Exercício para uma teoria crítica
das violências, por Cândido da Agra 17
O pensamento dos selvagens, por Tito Cardoso e Cunha 29
Outros mapas: impactes sócio-culturais e antropologia de urgência,
por Paulo Castro Seixas 45
On the embedment of classical models of dichotomy in modern anthropology:
the case of literacy studies, por Manuel João Ramos 61
Antropologia portuguesa. A opção etno-folclorista e o Estado Novo,
por Alice Duarte 81
Um pequeno enigma em clave de incesto, por Francisco Vaz da Silva 97
Mineiros ou minados: trajectórias biográficas e sistema paternalista
no lugar do Lousal, por Paula Rodrigues 103
The entrance fee in Vipasca baths: women – 1 as; men – half an as,
by Maria Pilar Reis 143
VÁRIA
Que é a arqueologia?, por Vítor Oliveira Jorge 151
La vallée de la Côa, par où coule l’histoire, par Vítor Oliveira Jorge 155
Rio Côa, património aberto à humanidade, por Vítor Oliveira Jorge 158
Produtos multimedia de conteúdo cultural, por Maria Isabel Costeira 161
Quem é quem na arquelogia portuguesa – 1998,
Coord. de V. O. Jorge 167
Nº 40 (1-2) - 2000
SUMÁRIO
Preâmbulo 7
Luc de Heusch entre nós, por Vítor Oliveira Jorge 11
Être journaliste aujourd'hui, par Ignacio Ramonet 25
Consciência e identidade pessoal – e se não há um centro?,
por Sofia Miguens 37
“Escrever” – um verbo reflexivo. Hugo Loetscher e a “literatura participante”,
por Jeroen Dewulf 61
Raizes e antenas. Política cultural, contemporaneidade e cidadania,
por José Márcio Barros 71
La encrucijada intercultural. Delito, metáforas y mitos en la experiencia del sufrimento, por Beatriz Kalinsky & Estela Rabatto 77
Aids (“Sida”) e diversidade sócio-cultural, por Edir Pina de Barros 93
As mediações culturais da festa “à brasileira”, por Rita Amaral 107
As festas da Cidade. Revivendo e inventando identidades culturais.
O exemplo do povo-de-santo, por Rita Amaral 131
Investigação em Pré-história recente no concelho de Cuba – Balanço dos
resultados e perspectivas futuras, por Susana H. Correia 161
Suevos, bizantinos e visigodos no Sul da Bética e da Lusitânia: arte,
percursos e fronteiras, por M. Justino Maciel 185
Les Maîtres Fous, um desafio de Rouch aos antropólogos, por José Ribeiro 195
O documentário em suporte digital, por Manuela Penafria 203
Do estatuto da fotografia, por Teresa Siza 211
VÁRIA
Sinopse histórica do adagiário e paremiologia populares portuguesas,
por Alzira Simões 217
Texto para o pintor Mário Silva, por Vítor Oliveira Jorge 234
Recensão: Susana Oliveira Jorge, Domesticar a terra. As Primeiras Comunidades
Agrárias em Portugal, Gradiva, Lisboa, 1999, por Jorge de Alarcão 236
Nº 40 (3-4) - 2000
SUMÁRIO
Preâmbulo 7
Identidades sociais e apropriação do espaço: o património como
conceito identitário, por Paula Mota Santos 9
Jano às Portas do Milénio. O Sujeito na construção social do Cidadão,
por Henrique Gomes de Araújo 17
O que é “realidade”? Ensaio de antropologia da educação, por Raúl Iturra 23
Peuples d’Europe, par Marcel Otte 31
Continuidade e descontinuidade na Pré-história. Estatuto epistemológico da
Arqueologia e da Pré-história, por Luiz Miguel Oosterbeek 51
Problematizando a Pré-história recente de Portugal (VI-II milénios A. C.),
por Susana Oliveira Jorge 75
Las Peñas Sacras como imago mundi del “centro cósmico” en el mundo
indoeuropeo y céltico, por Jesús Jiménez Guijarro 101
Tornar-se arqueólogo no Brasil, por Pedro Paulo A. Funari 117
Os três principais métodos históricos de cômputo dos graus de parentesco,
por Armindo dos Santos 133
Observadores e observados: a pesquisa etnográfica no campo das religiões
afro-brasileiras, por Vagner Gonçalves da Silva 161
A influência portuguesa na medicina popular do Brasil desde seu
descobrimento, por Maria Thereza Lemos de Arruda Camargo 179
Los significados sociales asociados a la internación psiquiátrica,
por Ana S. Valero 189
VÁRIA
A propósito de megalitismo português: duas breves intervenções,
por Vítor Oliveira Jorge 203
Nº 41 (1-2) - 2001
SUMÁRIO
Preâmbulo 7
Violência e risco na sociedade contemporânea, por Angelina Peralva 9
Os desafios da destruição e conservação do património cultural no Brasil,
por Pedro Paulo A. Funari 23
“Socially alien women” in Bulgarian peasant communities, late 19th to mid 20th centuries, by Mira Markova 33
La mujer indígena en la conquista espiritual de Antonio Ruiz de Montoya.
Ensayo de etnohistoria, por Alicia Juliana Pioli 41
Perspectivas antropológicas no Museu Archeologico do Carmo,
por Ana C. N. Martins 53
1.º Curso Elementar de Archeologia (Lisboa, 1885), por Ana C. N. Martins 77
Arqueologia industrial do concelho de Matosinhos - I,
por José Manuel Lopes Cordeiro 119
A relevância do património natural, por Jorge Paiva 127
VÁRIA
João Manuel Bairrão Oleiro 1923-2000, por Jorge de Alarcão 137
A emergência das sociedades agro-pastoris: análise teórica do conceito
de Neolítico, por Alexandra Leite Velho 139
Bibracte em Borgoña. Un yacimiento arqueológico europeo y catorce años de participación científica española, por Juan Gran-Aymerich
& Almudena Dominguez Arranz 157
La mirada pétrea: imágenes de la gorgona en los monumentos funerarios hispanorromanos en forma de altar, por Alicia Jiménez Díez 179
Tomás Romero de Castilla en la crisis de la arqueología en Extremadura,
por Pablo Ortiz Romero 195
El Servicio de Investigaciones Arqueológicas de Asturias (S.I.A.): F. Jordá Cerdá (1952-1964), por Gema E. Adán Álvarez 207
Revestimentos e cores segundo o “De Architectura” de Vitrúvio,
por M. Justino Maciel 225
“A expedição esquecida”, por Jorge Freitas Branco 229
Nº 41 (3-4) - 2001
SUMÁRIO
Preâmbulo 7
Les fonctions sociales du patrimoine, par Marc Guillaume 9
Antropologia: preguntas y respuestas sobre la etica profesional,
por Beatriz Kalinsky 17
Antropologia e Internet. Pesquisa e Campo no meio virtual, por Rita Amaral 31
Deux politiques funéraires, par Alain Testart 45
A saúde no prisma dos valores da modernidade, por Maria Engrácia Leandro 67
O “Sacrifício” na comunidade internacional.
O caso de Timor Loro Sae, por Henrique Gomes de Araújo 95
Coisas de Orixás: notas sobre o processo transformativo da cultura material
dos cultos afro-brasileiros, por Rita Amaral 103
Sobre las pautas migratorias de los Chiriguano,
por Federico Bossert & Diego Villar 111
VÁRIA
As traves mestras da confraria do Santíssimo Sacramento da Igreja
da Misericórdia de Vila Viçosa: o compromisso de 1612,
por Maria Marta Lobo de Araújo 137
John Rawls 80 years, by Andreas Follesdal 151
Pensamentos ocasionais (1998-2001), por Vítor Oliveira Jorge 155
A propósito de “megálitos”. Comentário pontual (corrigenda) a parte de um
debate incluído em livro recente, por Vítor Oliveira Jorge 213
Nº 42 (1-2) - 2002
SUMÁRIO
Preâmbulo 7
Globalização e mestiçagem. A mestiçagem, as identidades
e o multiculturalismo, por Maria Beatriz Rocha-Trindade 9
Funções da pop-rock no universo juvenil, por Luís Fernandes 25
Vision beyond eyesight, by Francisco Vaz da Silva 33
Aprender a ser rapaz entre rapazes e raparigas. Masculinidades em duas
escolas C+S do distrito do Porto, por Cristina Rocha & Manuela Ferreira 49
A arte de dar voz ao Outro. A sua importância democrática ilustrada
por um exemplo literário suíço que abalou a imagem da ditadura
salazarista, por Jeroen Dewulf 69
Apêndice: Hugo Loetscher: “Ó Senhor Salazar”. Uma Elegia Política 77
Dili: o limiar pós-colonial, por Paulo Castro Seixas 85
Os primeiros artistas, por Carina Marques 99
O futuro do passado: os arqueólogos do novo milênio,
por Arno Alvarez Kern 115
A Arqueologia como uma das utopias da Modernidade,
por Vítor Oliveira Jorge 137
Arqueologia na reconstrução das paisagens rurais e urbanas: os exemplos
da Via Nova (Geira Romana) e de Bracara Augusta,
por Francisco Sande Lemos 143
VÁRIA
Formação e prática profissional em arqueologia: Reflexões de um
recém-licenciado, por Sérgio R. Gomes 153
Histoire agraire et paléoenvironnement: les apports de la palynologie et des
microfossiles non-polliniques, par Didier Galop
& José Antonio López Sáez 161
Levantamento e leitura iconográfica dos frescos romanos de Miróbriga visíveis
in situ no ano 2000, por M. Augusta Rosário, F. Lourenço Duarte
& M. Justino Maciel 165
Baixo-relevo em mármore com representação de um grifo,
por M. Justino Maciel, J. M. Peixoto Cabral & Dina Nunes 193
Nota prévia: descrição comparativa de três sítios de arte rupestre na região
de Oliveira dos Brejinhos – Bahia – Brasil, por Claudia Cunha 203
David Le Breton no Porto, por Vítor Oliveira Jorge 225
10 de Junho de 2001 – Dia de Portugal, de Camões
e das Comunidades Portuguesas 227
Nº 42 (3-4) - 2002
SUMÁRIO
Preâmbulo 7
Anthropologie des conduites à risque des jeunes générations
par David Le Breton 15
Usages séculiers des rêves chez les adolescentes dans l’appréciation du risque
par Hakima Aït El Cadi 29
Academia y gestion antropologicas: un lugar impreciso
por Beatriz Kalinsky 45
Arquivística, biblioteconomia e museologia. Do empirismo patrimonialista
ao paradigma emergente da Ciência da Informação
por Armando B. Malheiro da Silva 59
Artes da espera. A pesca da lampreia na foz do Cávado
por Álvaro Campelo 97
Honra-vergonha: código cultural mediterrânico ou forma de controlo
socio-político das mulheres? por Manuel Carlos Silva 125
Leer el mito, comprender el mundo: organización del entorno en la
cosmovisión puneña, por Gabriela Morgante 145
Epistemologia evolutiva, etnociência e ética: ensaio para uma ecologia
do conhecimento, por Marina Prieto Afonso Lencastre 165
La domestication du monde: penser en commun l'Europe neolithique.
Projet de table-ronde, par Vítor Oliveira Jorge 187
O museu é um mundo, o mundo é um museu, por Vítor Oliveira Jorge 197
O Prof. Santos Júnior, ilustre Presidente da Sociedade Portuguesa de
Antropologia e Etnologia (Homenagem à sua memória no Centenário
do seu nascimento), por Abel S. Tavares 201
VÁRIA
Margot Dias (1908-2001), por Jorge Freitas Branco 207
A meta-poesia de Vítor Oliveira Jorge: a propósito de Os Ardis da Imagem
por Fátima Vieira 211
Nº 43 (1-2) - 2003
SUMÁRIO
Preâmbulo 7
Envelhecimento: contas da idade e a contas com modos de viver e morrer,
por António Joaquim Esteves 9
Tanto faz, ou a cultura do aborrecimento: uma viragem ética na construção
identitária pós-moderna, por Isabella Alessandra Cortada Roberto 47
Da máquina panóptica ao teatro heterotópico. A arquitectura, o urbanismo
e a convivencialidade, por Paulo Castro Seixas 61
O centro comercial, o espaço público e os cidadãos, por Alice Duarte 75
O Museu do Côa e a sua circunstância, por Susana Oliveira Jorge 87
Os vinte anos do Campo Arqueológico de Mértola. Entrevista com
Cláudio Torres, por Henrique Gomes de Araújo 97
VÁRIA
O contributo da epigrafia na história económica de Bracara Avgvsta,
por Rui Morais 115
O complexo arqueológico de Vale Ferreiro, Serafão, Fafe (Norte de Portugal),
por Ana M. S. Bettencourt, Francisco de Sande Lemos
& Maria Teresa Araújo 123
Problemas metodológicos e interpretativos que plantean los depósitos
sedimentarios del yacimiento arqueológico de Papa Uvas
(Aljaraque, Huelva), por José Clemente Martín de la Cruz
& Agustín Mª Lucena Martín 151
Análisis palinológico del poblado calcolítico de Los Itueros (Santa María
del Arroyo, Valle Amblés, Ávila, España), por José Antonio López Sáez
& Pilar López García 171
Ciência é comunicação?, por Vítor Oliveira Jorge 181
Património e criação contemporânea: uma dicotomia inútil,
por Vítor Oliveira Jorge 183
Os jovens e a criação de identidade(s) em torno de uma profissão emergente:
a arqueologia, por Vítor Oliveira Jorge 185
Noticiário. Investigadores franceses das áreas da Antropologia e Pré-história
no Porto, por Vítor Oliveira Jorge 187
Recensão, por Maria Beatriz Rocha-Trindade 191