quinta-feira, 29 de abril de 2010
Marc Augé
Ethnoarchaeology: Journal of Archaeological, Ethnographic, and Experimental Studies
Volume 2 will be available in July…subscribe now!
Ethnnoarchaeology is accepting submissions – see below for information…
Ethnoarchaeology: Journal of Archaeological, Ethnographic, and Experimental Studies
Volume 2, Number 1, Summer 2010
Articles
Ceramic Traditions and Ethnicity in the Niger Bend, West Africa
Anne Mayor
Social Expectations and Children’s Play Places in Northern Ghana
Joanna Casey and Rachele Burruss
The Role of Actualistic Studies and the Interpretation of Prepared Clay Surfaces at Dust Cave, Alabama
Lara K. Homsey and Sarah C. Sherwood
An Ethnoarchaeology of Engagement: Yanyuwa Places and the Lived Cultural Domain in Northern Australia
Amanda Kearney
Media Review
La sal de la tierra: etnoarqueología de la producción salinera en el occidente de México. Eduardo Williams. 2003. El Colegio de Michoacán, Zamora/Secretaría de Cultura del Estado de Jalisco, Mexico. Reviewed by Michael A. Ohnersorgen, University of Missouri – St. Louis.
Ethnoarchaeology, a cross-cultural peer-reviewed journal, focuses on the present position, impact of, and future prospects of ethnoarchaeological and experimental studies approaches to anthropological research. The primary goal of this journal is to provide practitioners with an intellectual platform in which we may showcase and appraise current research as well as foreground theoretical and methodological directions for the 21st century. One need that Ethnoarchaeology addresses is that there is little that unifies or defines our subdiscipline, although there has been an exponential increase in ethnoarchaeological and experimental research in the past thirty years. With such growth we must explore what distinguishes these approaches as a subdiscipline, what methods connect practitioners, and what unique suite of research attributes we contribute to the better understanding of the human condition. The journal will be of interest to archaeologists, other anthropologists, historians, and specialists in pre-modern and contemporary technologies. In addition to research articles, the journal will contain book and other media reviews, periodic theme issues, and position statements by noted scholars.
Submissions: Ethnoarchaeology welcomes submission of original manuscripts of no more than 30 double spaced pages that focus on management of the world’s heritage resources. All manuscripts will be submitted electronically in MSWord or RTF format to ethnoarchaeology@unlv.edu. If an author is unable to submit an electronic version of their manuscript they should first contact the editors. Unless contacted, the editors will not consider manuscripts that have not been submitted electronically.
Editors: Liam Frink (University of Nevada, Las Vegas) and Kathryn Weedman Arthur (University of South Florida, St. Petersburg)
Semi-annual in April and October, 256 pages per volume
For information regarding subscriptions or submissions to the journal, please visit: http://lcoastpress.com/journal.php?id=9
Join Left Coast Press online at:
http://www.new.facebook.com/pages/Left-Coast-Press-Inc/26366019052?ref=ts
https://twitter.com/LeftCoastPress
If you have any questions, please contact Caryn Berg at archaeology@LCoastPress.com
Boa notícia
por Agência Lusa, Publicado em 27 de Abril de 2010
A Biblioteca de Arqueologia que integra o espólio do Instituto
Arqueológico Alemão (IAA), cedido em regime de comodato ao Estado
Português, reabre ao público quinta-feira em Lisboa, segundo
comunicado do Instituto do Património Arquitectónico e Arqueológico
(IGESPAR).
A biblioteca, constituída por um acervo documental com cerca de 55.000
registos bibliográficos, funcionará no segundo piso da Ala Norte do
Palácio da Ajuda, segundo a mesma nota.
A cerimónia de abertura, quinta-feira às 17:00, será presidida pelo
secretário de Estado da Cultura, Elísio Summavielle.
A Biblioteca tem carácter público, com acesso direto a utilizadores
maiores de 16 anos.
"Como serviço especializado nas diversas áreas da arqueologia, o seu
acervo está mais vocacionado para investigadores, professores,
estudantes universitários ou pós-universitários e profissionais da
área", lê-se na mesma nota.
A Biblioteca herdou os espólios do extinto Instituto Português de
Arqueologia, e do IAA, aquando da extinção da sua delegação de Lisboa,
em 1999.
A Biblioteca funcionava nos serviços de arqueologia em Belém, cujos
edifícios foram demolidos para instalar naquele espaço o futuro Museu
Nacional dos Coches.
Segundo a mesma nota, esta é "uma das mais importantes bibliotecas
portuguesas especializadas em arqueologia", constituída por um acervo
documental com cerca de 55.000 registos bibliográficos, divididos por
cerca de 1.400 títulos de periódicos (metade dos quais ativos e
atualizados), 23.000 títulos analíticos e 30.000 títulos monográficos.
Antropologia, Cinema e Sentidos
V Encontros da Primavera de Miranda do Douro 2010
20-23 Maio 2010
Programa provisório
(em actualização)
Organização: CRIA (Coord. Jean-Yves Durand, Humberto Martins) | Município de Miranda do Douro
Apoios: Município de Miranda do Douro | Associação Desportiva e Cultural de Atenor | CRIA | AEPGA | Junta de Freguesia de Atenor | Frauga – Associação para o Desenvolvimento Integrado de Picote
Locais: Auditório do Pavilhão Multiusos | Arribas do Douro/Douro Internacional | Museu da Terra de Miranda | Casa da Cultura Mirandesa | Atenor (Associação Desportiva e Cultural de Atenor)
20 Maio | Quinta-feira | Museu da Terra de Miranda
19h00 | Recepção e alojamento
20h00 | Jantar em Miranda do Douro
21h30 | Inauguração da exposição sobre o tema ‘Água: Digressões 2009’, com trabalhos de José Guimarães, Colectiva Imaginarte-Almada 2009 e Instalação do artista plástico Carlos Ribeiro.
Apresentação dos Encontros | Humberto Martins (CRIA/ISCTE-IUL)
21 Maio | Sexta-feira | Auditório do Pavilhão Multiusos de Miranda do Douro
[Cinema Documentário]
10h00 | Filme a anunciar
11h00 | Filme a anunciar
12h00 | Filme a anunciar
13h00 | Almoço
14h30 | Filme a anunciar com presença dos realizadores
16h00 | Filme a anunciar com presença dos realizadores
17h30 | Apresentação de livro (Casa da Cultura Mirandesa): a anunciar
18h30 | Caminhada/passeio comentado a São João das Arribas
20h30 | Jantar Nocturno em São João das Arribas
22 Maio | Sábado | Casa da Cultura Mirandesa
[Encontros Científicos CRIA]
Seminário de Etnobotânica Europeia: As relações contemporâneas com o vegetal
(1ª sessão portuguesa, em colaboração com o Musée Ethnologique de Salagon – França)
10h00 | Jean-Yves Durand (CRIA/UM) | Apresentação do Seminário: “Para um alargamento do olhar etnobotânico”
10h15 | Danielle Musset (Musée Ethnologique de Salagon, Mane, França) | “Nouveaux habitants du monde rural et relations au végétal”
11h00 | Raphaële Garreta (Conservatoire botanique national des Pyrénées et de Midi-Pyrénées, Bagnères-de-Bigores, França) | “Ce que l’ethnobotanique peut apporter à la Conservation de la flore. L’exemple des tulipes sauvages de Marsolan dans le Gers (France)”
11h45 | Jean-Yves Durand (CRIA/UM) | “Etnobotânica das rotundas”
12h30: Almoço
14h30 | Ana Maria Carvalho (IPBragança), Amélia Frazão (CRIA/FCSH-UNL), Margarida Ramos “Li uma lição num livro! Era uma lição mui bonita de um rei que usava a planta… Estéticas contemporâneas e usos ornamentais de plantas em Terras de Miranda”
15h15 | Luís Alves (Cantinho das Aromáticas)
“O fascínio Contemporâneo pelas plantas. Cursos de plantas aromáticas e medicinais em Portugal”
16h00 | Luís Vasconcelos (ICS-UL)
“Percepção e modernidade. Mobilidade e usos de cannabis”
16h45 | Lanche
17h00 | Clara Saraiva (CRIA/FCSH-UNL)
“Maios e espigas em Portugal: etnografias e simbolismos primaveris”
17h45 | Amélia Frazão Moreira (CRIA/FCSH-UNL) e Luís Mendonça de Carvalho
“Dia da Espiga. Velhas e novas simbologias”
18h30 | Viagem a Atenor / Passeio de Burro
20h00 | Jantar ao ar livre organizado pela Junta de Freguesia de Atenor
23 Maio | Domingo
[Dia Livre/Regresso]
Propostas: 1 – Passeio pedestre pela calçada romana na freguesia de Pombal e visita às termas de São Lourenço: concelho de Carrazeda de Ansiães; 2 – Visita ao Centro de Interpretação do Ecomuseu Terra Mater com passeio comentado no Parque Natural do Douro Internacional (e viagem de barco).
Informações práticas sobre alojamento, alimentação, actividades paralelas:
1 – Centro de Alojamento do Barrocal:
Os quartos, em camaratas de 2 e 4 camas num total de 30 camas - disponíveis gratuitamente.
2 – No Centro Agrícola de Malhadas:
Camas em camarata (42), 3 quartos com 3 camas individuais e casa-de-banho, 1 quarto de casal - disponíveis por 12 euros/pessoa com pequeno almoço incluído.
3 – Pensões na cidade: 17,5 euros noite
4 – Refeições não oferecidas – 5 euros/refeição
5 – Passeio de barco – 10 euros
Aconselham-se viagens de carro partilhadas (ex. 4 pessoas a partir de Lisboa = 30 euros ida e volta/pessoa)
As INSCRIÇÕES (até dia 17 de Maio) devem ser enviadas para cria@cria.org.pt
--
CENTRO EM REDE DE INVESTIGAÇÃO EM ANTROPOLOGIA (CRIA)
fcsh-unl . fct-uc . iscte-iul . uminho
Sede/Office:
Av. das Forças Armadas
Ed. ISCTE-IUL
1649-026 Lisboa
Portugal
Tel: (+351) 21 790 39 17
Fax: (+351) 21 790 39 40
E-mail: cria@cria.org.pt
Website: www.cria.org.pt
A Índia...
Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
SEMINÁRIO DE ESTUDOS PÓS-GRADUADOS
2009/2010
SA
Seminário de Antropologia
Sexta-feira, 7 de Maio de 2010
15h
Sala Polivalente
Etnografias de longa duração. A Índia, a casa e o mundo
Rosa Maria Perez
Departamento de Antropologia
ISCTE - IUL
Av. Prof. Aníbal de Bettencourt, nº 9 - 1600 - 189 Lisboa
Tel: (351) 21 7804700
URL: http://www.ics.ul.pt <http://www.ics.ul.pt>
Gabinete de Estudos Pós-Graduados
Instituto de Ciências Sociais
Avenida Professor Aníbal de Bettencourt, 9
1600-189 Lisboa
Telefone: 217 804 700 - Fax: 217 940 274
URL: http://www.ics.ul.pt <http://www.ics.ul.pt>
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Hoje, em Lisboa
Paulo Raposo (CRIA/ISCTE)
Recriações Históricas em Portugal: um modelo mainstream de performance
Dia 28/4/2010 / FCSH / UNL / 18h / Torre A / SALA 02
Ethnopharmacology
**For those of you interested:**
**The 11th Congress of the International Society for Ethnopharmacology
(ISE) and the 1er Encuentro Hispano Portugués de Etnobiología (EHPE
2010) will be held in Albacete (Cstilla-La Mancha, Spain) next September
(20th-25th). This joint conference has been organized by Prof. Michael
Heinrich (School of Pharmacy, Univ. London) and Prof. Diego Rivera (Fac.
Biology, Univ. Murcia). **
**For more information visit: http://www.ise2010.org
**The** *main themes of the ISE (only in English)congress are:
* Ethnopharmacology and biocultural diversity
* Circum-Mediterranean ethnopharmacology / ethnobotany and its
exchange with the Americas
* From traditional remedies to modern medicines – phytochemical,
pharmacological and clinical studies
* Non-governmental organisations (NGOs) and their role in
ethnopharmacology
* The interface between history and ethnopharmacology
* The interface of medicine and food plants
*The EHPE (English, Spanish and Portuguese) will focus on:**
**1. Etnobotánica, Etnozoología y Etnofarmacología en España y Portugal
(península y archipiélagos).* *Inventario y conservación*
*Prof. Esteban Hernández Bermejo*. Jardín Botánico de Castilla La Mancha
*Prof*. *Ana Maria Carvalho*,. Departamento de Biologia e Biotecnologia.
Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança
*2. Arqueobotánica, Arqueozoología y paleoetnobotánica en España y
Portugal (península y archipiélagos).*
*Prof. Leonor Peña-Chocarro *CSIC, (Centro de Humanidades)
*Dra. E. Martín-Consuegra Fernández. *Dpto. Ciencias y Recursos
Agrícolas y Forestales. Universidad de Córdoba,
*3. Etnobotánica y etnofarmacología en Al-Andalus.*
*Dra. Expiración García*, Escuela de Estudios Árabes, CSIC
*4. La etnobotánica y la etnofarmacología en los Países Africanos de
Lengua Portuguesa (PALOP)*
*Prof. Amélia Frazão Moreira. *Dep. Antropologia, FCSH-UNL
CRIA - Centro em Rede de Investigação em Antropologia Lisboa, Portugal
*Prof. Elsa Gomes, *Dep. Antropologia, FCSH-UNL
CRIA - Centro em Rede de Investigação em Antropologia Lisboa, Portugal
*5. Nuevas perspectivas para la etnofarmacología en España y Portugal:
la cooperación entre etnobotánica y antropología médica.*
*Prof. José Ramón Vallejo Villalobos*
Grupo de Investigación en Humanidades Médicas. Historia de la Medicina
Facultad de Medicina. Universidad de Extremadura
*Prof.* *Manuel Pardo de Santayana* Universidad Autónoma de Madrid.
*6. La etnofarmacología en los documentos históricos españoles,
portugueses y americanos*
*Prof.. José Luis Fresquet* Instituto de Historia de la Ciencia y
Documentación. Facultad de Medicina. Universitat de Valencia
*7. Los paisajes culturales: paisajes agroganaderos.*
*Dr. Luis Villar Pérez.* Investigador Instituto Pirenaico de Ecología,
CSIC Jaca (Huesca)
*Dr. Antonio Gómez Sal *Departamento de* *Ecología. Universidad de
Alcalá. Madrid
*8. La fitonimia y toponimia como reflejo etnoecológico de la cultura
popular en torno a las plantas y sus comunidades. Nombres populares de
plantas y animales en las lenguas ibéricas y todas sus posibles
implicaciones (toponimia, antroponimia, clasificación popular, relación
de fitónimos con propiedades de las plantas...)*
*Prof. Joan Vallès* Facultad de Farmacia. Universitat de Barcelona
*Dr. José Fajardo. *Jardín Botánico de Castilla La Mancha
--
Dra. Marta Moreno-García
G.I. Arqueobiología.
Instituto de Historia
Centro de Ciencias Humanas y Sociales (CCHS). CSIC
Albasanz 26-28. 28037 Madrid. Spain
Tel: +34 91 6022384
e-mail: marta.moreno@cchs.csic.es
A antropologia portuguesa actual
Stanley Brandes (Universidade Califórnia, Berkeley) vai participar numa conversa em torno ao tema “A antropologia portuguesa actual”.
Moderadores: João de Pina Cabral (ICS) e João Leal (CRIA/UNL)
Dia 3 de Maio das 18h às 20h
ISCTE Sala B102
--
CENTRO EM REDE DE INVESTIGAÇÃO EM ANTROPOLOGIA (CRIA)
fcsh-unl . fct-uc . iscte-iul . uminho
Sede/Office:
Av. das Forças Armadas
Ed. ISCTE-IUL
1649-026 Lisboa
Portugal
Tel: (+351) 21 790 39 17
Fax: (+351) 21 790 39 40
E-mail: cria@cria.org.pt
Website: www.cria.org.pt
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Claude-Lévi Strauss
No sábado dia 19 de Junho, às 15,30 h., o Prof. Tito Cardoso e Cunha (UBI) falará, no Porto, sobre
"Claude-Lévi Strauss: da compreensão do mito à análise do parentesco"
numa homenagem ao grande mestre da Antropologia desaparecido em 2009 promovida pela SPAE.
A entrada é livre.
Centro Unesco do Porto, R. José Falcão, 100.
Agradecemos a colaboração, mais uma vez, da Fundação Eng.º António de Almeida, proprietária do espaço onde o Centro funciona.
terça-feira, 13 de abril de 2010
Pensamento Crítico Contemporâneo: 70 o plafond de inscritos...
Pensamento Crítico Contemporâneo
Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Curso de formação contínua:
Pensamento Crítico Contemporâneo: alguns representantes
de 19 Abril a 7 Junho 2010 – 2ªas feiras, das 19,30 às 22,30 h
8 semanas: 8 autores:
Jacques Lacan
Michel Foucault
Jacques Derrida
Judith Butler
Giorgio Agamben
Slavoj Zizek
Jean Baudrillard
Jean-François Lyotard
Formador: Prof. Vítor Oliveira Jorge, catedrático da FLUP
O curso funciona com um mínimo de 12 inscritos, mas tem também um plafond de 70 inscrições...
Ultime urgentemente a sua inscrição através de:
Serviço de Gestão Académica - Sector de Formação Contínua
Via Panorâmica, s/nº 4150-564 Porto
Telef: 226077152 Email: gfec@letras.up.pt
Horário Atendimento: 10h00 às 16h00
Inscrições fecham com 70 pessoas!
AS SESSÕES SERÃO NO ANFITEATRO 1 DA FLUP.
Link:
https://sigarra.up.pt/flup/cursos_geral.FormView?P_CUR_SIGLA=FCPCC
sábado, 10 de abril de 2010
Património Cultural Imaterial
Elaborada no quadro jurídico de salvaguarda do património cultural imaterial estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 139/2009, de 15 de Junho, e para fins da regulamentação deste, a Portaria n.º 196/2010 constitui um instrumento imprescindível à operacionalização do Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, instituído por aquele Decreto-Lei e pelo qual é responsável o Instituto dos Museus e da Conservação, na qualidade de entidade responsável a nível nacional pela coordenação das diversas iniciativas a desenvolver para a salvaguarda do PCI.
Fonte: lista Museum
Museum@ci.uc.pt
sexta-feira, 9 de abril de 2010
"Australopithecus sediba"
"Australopithecus sediba", a nova estrela da paleoantropologia
Descoberto novo australopiteco mais parecido connosco do que os outros
08.04.2010 - 16:03 Por Teresa Firmino
Imaginamos se seriam mãe e filho. Ou como foram parar ao lago que
existia no fundo de uma gruta. Ou se morreram ao mesmo tempo. Tudo
mistérios em torno de uma mulher e de um rapaz que viveram há quase
dois milhões de anos, cujos ossos foram encontrados na África do Sul
há cerca de um ano e meio e que hoje estão na capa da revista
"Science" como uma das descobertas mais importantes nos últimos tempos
relativas a um antepassado humano.
Eis o "Australopithecus sediba", a nova estrela da paleoantropologia,
que tem mais características em comum com os primeiros representantes
do nosso próprio género (o Homo) do que qualquer outro australopiteco
conhecido até agora. Portanto, pode ajudar a desvendar quem foi o
antepassado que deu origem ao género humano.
Entre as muitas grutas no território que agora é a África do Sul,
existia uma que não tinha tecto há cerca de 1,9 milhões de anos e era
funda. A mulher e o rapaz terão caído nessa gruta e ali permaneceram
durante dias ou semanas. Os corpos foram depois arrastados até a um
lago subterrâneo, talvez por uma chuvada, e aí acabaram por ser
cobertos por sedimentos. Ao longo de dois milhões de anos, os
sedimentos foram por sua vez sendo arrastados até que os fósseis
ficaram expostos.
Em Março de 2008, Lee Berger, paleoantropólogo da Universidade de
Witwatersrand, em Joanesburgo, iniciou uma prospecção minuciosa de um
local, a 40 quilómetros desta cidade sul-africana, conhecido como o
Berço da Humanidade e que a UNESCO classificou como património mundial
devido à riqueza de depósitos com fósseis.
Em conjunto com o geólogo Paul Dirks, que entretanto se mudou para a
Universidade James Cook, na Austrália, Berger descobriu imensas
grutas. Em várias havia fósseis. E, numa delas, em Agosto de 2008, a
equipa encontrou os restos de um antepassado dos humanos. Era parte
dos ossos de um rapaz que teria entre nove e 13 anos.
No mês seguinte, continuaram as explorações do sítio, conhecido por
Malapa. Numa pequena cova, o paleoantropólogo reparou num osso que
saía de uma rocha. Atrás desse osso vieram outros, e a equipa estava
na presença de um segundo indivíduo -- uma mulher, com 20 e tal a 30 e
poucos anos.
Mulher e rapaz parecem ter sido arrastados para o interior da gruta
por um único fluxo de detritos, o que sugere que as suas mortes
ocorreram em momentos muito próximos. Por isso, é provável que se
conheçam ou até que tivessem algum grau de parentesco.
Esses sedimentos foram datados como tendo entre 1,7 e 1,9 milhões de
anos, pelo que os fósseis devem ter essa idade. (Além de vários ossos
dos dois australopitecos, havia na gruta ossos de hienas, antílopes ou
felinos com dentes de sabre).
Uma nova espécie
O que têm de especial é um conjunto de características morfológicas
que levaram a equipa de cientistas a classificá-los como uma nova
espécie de australopiteco. Conheciam-se já pelo menos cinco espécies,
todas em África, mas estes dois indivíduos eram diferentes de todas
elas em muitos aspectos. Além disso, algumas das suas características
verificam-se nos membros do género "Homo" e não nos australopitecos.
Antes de mais, diga-se que os australopitecos eram pré-humanos e que
os humanos apareceram precisamente com o género "Homo". A espécie de
australopiteco mais antiga que se conhece viveu há 4,2 milhões de anos
e a que agora é anunciada foi a mais recente, com o crânio do jovem a
servir para definir a nova espécie e a preencher a capa da "Science"
(pelo meio, viveu a famosa Lucy, uma fêmea de "Australopithecus
afarensis", com 3,2 milhões de anos).
O que tinham então aquele rapaz e aquela mulher quer de
australopiteco, quer de humano? Tal como os australopitecos, tinham
corpos pequenos (ambos com cerca de 1,27 metros de altura e 30
quilos), cérebros também pequenos, braços longos e mãos fortes.
Pensa-se que podiam trepar às árvores, mas eram bípedes. Por outro
lado, alguns traços do crânio e da bacia e as pernas longas, capazes
de andar em passada ou até correr, existem no género humano.
Ora a origem do género "Homo" é alvo de grande debate científico: como
seu antepassado, têm sido propostas várias espécies entre os
australopitecos (mas não só). O facto de o "Australopithecus sediba"
partilhar traços comuns com os humanos pode tornar mais claro este
quebra-cabeças evolutivo.
Para baralhar mais as coisas, os primeiros membros do género "Homo"
foram datados com 2,4 milhões de anos. Mas o "Australopithecus sediba"
foi datado como sendo mais recente, com os tais quase dois milhões de
anos, pelo que assim não poderia ter dado origem aos primeiros
humanos. Pode então não ter sido ele a fazer a transição directa para
o nosso género, mas uma outra espécie que existiu antes dele.
"Esta nova espécie é um candidato a antepassado do género 'Homo' ou de
um grupo irmão, com um antepassado próximo, que persistiu no tempo
depois do aparecimento dos primeiros 'Homo'", escreveu a equipa de Lee
Berger na "Science". "'Sediba', que significa 'fonte natural' em
sotho, uma das 11 línguas oficiais da África do Sul, pareceu o nome
apropriado para uma espécie que pode ser o ponto a partir do qual
surgiu o género Homo", conta Berger, na nota de imprensa.
Agora a equipa desafiou as crianças da África do Sul a escolherem um
nome comum para o novo rapaz australopiteco. Sugestões?
Versão integral na edição do PÚBLICO de hoje, 9.4.2010
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